domingo, agosto 22, 2010



mesmo que meu disfarce seja te odiar
seria como esquecer meu nome não te amar
semeando o bem dentro de mim por sufoco da cor
o medo da solidão o pressiona para o ardor
como andar em jardins de rosas farpadas
doí tanto que pinga gotinhas de sangue sobre meu coração
meus gestos se congelam e meu corpo paralisa
tudo que eu queria na verdade é tanto
que tudo que eu quero na vida é pouco
espero na janela fria e moldada
e que seja feita e que tenha um toque de doçura
pra enfeitar meu velho casebre antigo e tingindo dores antigas
que venha a tinta e cubra todo remendo de minhas mãos
tampe todos os furos e lave bem o chão
mesmo todo enfeitado será o antigo casebre fingindo o amor antigo

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